A gordura no fígado, cientificamente conhecida como esteatose hepática, é uma condição que afeta um grande número de pessoas ao redor do mundo. Em estágios iniciais, muitas vezes não apresenta sintomas evidentes, o que pode impedir um diagnóstico precoce. Entretanto, se não tratada, a condição pode evoluir para problemas mais graves, como a esteato-hepatite não alcoólica (NASH), cirrose e até câncer de fígado.
Nos estágios iniciais, a gordura no fígado pode ser revertida de maneira eficaz. Uma redução de 5% a 7% do peso corporal pode melhorar significativamente o estado do fígado e prevenir complicações futuras. É importante reconhecer os sinais iniciais para agir a tempo.
Quais são os Sintomas Iniciais da Gordura no Fígado?
No início, a esteatose hepática pode causar sintomas inespecíficos, como uma sensação geral de cansaço e fadiga, perda de apetite e uma leve redução de peso. Alguns indivíduos também podem sentir um desconforto ou dor leve no lado superior direito do abdômen. Esses sintomas iniciais são frequentemente desconsiderados ou atribuídos a outras causas, dificultando o diagnóstico precoce.
À medida que a doença avança, o fígado pode começar a apresentar fibrose, caracterizada pela formação de tecido cicatricial. A fibrose pode levar a complicações mais severas se não for tratada adequadamente.
Como a Doença Progride e Quais são os Sintomas Avançados?
Se a condição progride, os sinais se tornam mais evidentes e preocupantes. Hematomas e sangramentos fáceis, inflamando com facilidade nariz e gengivas, podem se tornar mais comuns. Dor e inchaço abdominal, como a ascite — acúmulo patológico de fluidos na cavidade abdominal —, são sinais de alerta que indicam um agravamento significativo.
Outros sintomas incluem inchaço nas pernas e tornozelos devido à retenção de líquidos, além da icterícia, marcada pela coloração amarelada da pele e olhos, resultante do aumento dos níveis de bilirrubina. A urina escurece e as fezes clareiam, refletindo um metabolismo alterado da bilirrubina. Pode haver também distúrbios neurológicos, como confusão, dificuldade cognitiva, alterações de personalidade e distúrbios do sono.
Por Que Algumas Pessoas Desenvolvem Esteatose Hepática?
Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver esteatose hepática. A obesidade e o sobrepeso estão entre os mais comuns. A resistência à insulina, frequentemente associada ao diabetes tipo 2, eleva significativamente os riscos. Níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, e até hipertensão, também são fatores de risco críticos.
Além disso, um consumo elevado de alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcares, associado a um estilo de vida sedentário, pode acelerar a progressão da doença. Identificar e modificar esses fatores de risco pode ser essencial para prevenir a esteatose hepática ou minimizar suas complicações.
Medidas Preventivas e de Tratamento
A prevenção e o tratamento da esteatose hepática exigem mudanças no estilo de vida. A perda de peso através de uma dieta balanceada e aumento da atividade física são medidas eficazes. Uma alimentação rica em vegetais, frutas, proteínas magras e grãos integrais, limitada em gorduras saturadas e açúcar refinado, pode ajudar a reduzir a gordura no fígado.
Exercícios regulares não só contribuem para a perda de peso, mas também melhoram a sensibilidade à insulina e reduzem os níveis de colesterol. Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para controlar diabetes, colesterol e triglicerídeos, auxiliando no gerenciamento da condição.
Manter consultas médicas regulares para monitorar o estado do fígado e discutir estratégias de tratamento é fundamental para evitar o agravamento da esteatose hepática.