O La Niña é um dos fenômenos que compõem o ciclo ENSO (El Niño-Southern Oscillation), afetando significativamente o clima global.
Diferente do El Niño, que é caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, La Niña se manifesta pelo resfriamento dessas áreas.
Para que o La Niña seja identificado, é necessário que as temperaturas das águas do Pacífico se mantenham mais frias que o normal por pelo menos três meses consecutivos.
Isso resulta em variabilidades no clima, como aumento das chuvas em alguns locais e severas secas em outros.
La Niña acontecerá neste ano?
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) indicou que o fenômeno La Niña deverá ocorrer somente em outubro de 2025.
Esta previsão diverge das expectativas de meteorologistas norte-americanos, que aguardavam a manifestação do La Niña para dezembro deste ano.
Quais são os impactos do La Niña no clima do Brasil?
No norte e nordeste, observa-se um aumento das precipitações, trazendo alívio para áreas que frequentemente enfrentam condições áridas.
Já nas regiões sul e sudeste, o fenômeno tende a provocar secas severas, com temperaturas elevadas. Esse padrão foi testemunhado em 2013-2014, quando o verão brasileiro registrou temperaturas mais baixas que o habitual devido à influência do La Niña.
Como o La Niña afeta outras regiões do mundo?
Na Ásia, especialmente no sul e sudeste, o fenômeno frequentemente resulta em intensas chuvas sazonais, levando a inundações.
Na América do Norte, o La Niña é conhecido por aumentar as temperaturas no sul e reduzir no norte, além de modificar padrões de umidade ao longo do continente.
Quais são os desafios na previsão do La Niña?
Prever com precisão a ocorrência do La Niña representa um desafio para os meteorologistas. As variações na temperatura do Oceano Pacífico são influenciadas por uma variedade de fatores que nem sempre são facilmente detectáveis ou previsíveis com antecedência.
Tecnologias como imagens de satélite e modelos climáticos avançados são essenciais para a antecipação desses fenômenos, mas ainda há limitações que requerem constante aprimoramento das técnicas de previsão.
O diferencial no entendimento desses fenômenos climáticos pode influenciar consideravelmente políticas públicas e práticas agrícolas, além de afetar diretamente a vida cotidiana de milhões de pessoas.