O governo federal está revisando o cadastro de beneficiários do Bolsa Família, focando especialmente nas famílias unipessoais.
Esse esforço visa detectar possíveis fraudes e garantir que o auxílio alcance quem realmente necessita. A ação poderá afetar até 500 mil famílias, conforme estimado por fontes governamentais.
A revisão se concentra em pessoas que vivem sozinhas, principalmente aquelas entre 18 e 49 anos, que são a maioria entre os beneficiários unipessoais. Dados indicam que cerca de 1,3 milhão de brasileiros nessa faixa etária vivem sozinhos.
Este processo de análise procura identificar irregularidades nos pagamentos, o que poderá resultar em suspensão do benefício para muitos desses indivíduos.
Quais são os critérios para manutenção do Bolsa Família?
Para os técnicos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), é importante avaliar se o perfil dos beneficiários unipessoais está de acordo com o espírito do programa social.
O ideal é que os receptores dessa idade sejam pessoas com severas condições de saúde ou em situação de extrema vulnerabilidade. Em 2023, uma iniciativa similar já havia resultado na suspensão de 1,8 milhão de pagamentos, indicando possível recebimento indevido do auxílio.
Quais mudanças podem ocorrer nas regras do BPC?
Além das reformulações no Bolsa Família, o governo também está revisando as diretrizes do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Este benefício é destinado a pessoas com deficiência e idosos em situação de vulnerabilidade. As mudanças em estudo visam restringir o BPC apenas para aqueles com doenças graves ou incapacidade total para o trabalho.
As propostas fazem parte de um pacote fiscal preparado pelo Ministério da Fazenda e foram discutidas em reunião recente no governo.
Como o governo pretende economizar com essas ações?
A meta do governo com essas revisões é economizar até R$ 4 bilhões anualmente. Isso será possível por meio da reavaliação dos cadastrados e da eliminação de beneficiários que recebiam o auxílio de forma indevida.
Essa economia é vista como um passo importante na reforma fiscal do país, visando equilibrar as contas públicas.
Ao garantir que o Bolsa Família e o BPC cheguem a quem realmente precisa, o governo busca otimizar recursos, e também reforçar a confiança pública nos programas sociais.
Com medidas alinhadas a esses objetivos, espera-se que as políticas sociais se tornem mais eficazes e justas.