O home office ganhou popularidade durante a pandemia, proporcionando flexibilidade e segurança aos profissionais e organizações. No entanto, essa prática pode estar chegando ao fim, segundo um estudo da consultoria KPMG.
O estudo revelou que a maioria dos CEOs, inspirados pelo bilionário Elon Musk, está inclinada a trazer suas equipes de volta ao escritório como parte de sua estratégia de gestão e controle corporativo.
Por que os CEOs estão favorecendo o retorno ao escritório?
Há uma série de motivos pelos quais os CEOs estão pressionando pelo retorno ao ambiente de trabalho tradicional.
Em primeiro lugar, muitos líderes acreditam que a presença física promove um melhor engajamento e colaboração entre as equipes. As interações face a face são vistas como cruciais para a inovação e resolução eficaz de problemas.
Além disso, existe uma percepção de que o ambiente de escritório proporciona maior controle sobre a segurança cibernética e sobre o uso de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial.
O cenário de trabalho presencial oferece, ainda, à liderança uma oportunidade de supervisionar de perto as operações, avaliar o desempenho e desenvolver talentos.
O papel das recompensas no retorno ao ambiente físico
Outro fator importante que incentiva o retorno ao escritório é a implementação de recompensas para aqueles que optam por essa modalidade de trabalho.
De acordo com o estudo da KPMG, 86% dos CEOs indicaram que os funcionários presentes fisicamente podem esperar promoções e oportunidades de crescimento mais rapidamente.
Esse tipo de incentivo reforça a ideia de que o trabalho presencial é valorizado, mesmo acima da produtividade e dos resultados do home office. Em algumas regiões, como a Europa, há até sugestões de diferenciais salariais para quem escolher trabalhar remotamente, evidenciando a tendência de priorizar o retorno.
Qual é o futuro do home office no Brasil e no mundo?
O movimento pelo retorno ao escritório ganha força especialmente nos Estados Unidos e na Europa, influenciando práticas globais, inclusive no Brasil.
Ainda que diversos profissionais tenham encontrado no home office uma nova forma de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, as grandes corporações demonstram uma preferência crescente pela proximidade física.
A tendência sugere que, apesar da resistência de alguns trabalhadores, a cultura de ambiente de escritório pode prevalecer devido ao desejo dos executivos de manter equipes próximas e engajadas em um ambiente controlado.
Assim, o futuro do trabalho remoto parece incerto, desafiando as expectativas de autonomia e flexibilidade que marcaram os últimos anos.