O programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) segue como uma das principais iniciativas do governo para diminuir o déficit habitacional no Brasil. Nesta terça-feira, 24, o Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, afirmou em evento com empresários da construção civil que os recursos para o MCMV estão assegurados, seja a partir do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou do Orçamento Geral da União (OGU).
“Podem investir, que não vai faltar dinheiro”, destacou Jader Filho, deixando claro que o governo está comprometido com o financiamento do programa. O ministro prevê um crescimento significativo no número de unidades financiadas pelo MCMV em 2024, com estimativas entre 600 mil a 650 mil unidades, superando as 491 mil unidades contratadas em 2023.
Recursos Garantidos para o MCMV
Ao ser questionado sobre a origem dos recursos, Jader Filho reiterou a importância do FGTS como principal financiador do MCMV. Ele destacou que o Fundo continua a ser uma fonte essencial de financiamento, especialmente em tempos de taxas de juros elevadas. “A gente tem que ter muita responsabilidade com o FGTS”, disse o ministro, apontando que o fundo oferece recursos a custo mais baixo para financiar habitação popular e obras de infraestrutura.
Metas Ambiciosas para o Programa Habitacional
Outro ponto de destaque foi a meta de contratações de moradias do MCMV. Jader Filho anunciou que o programa está próximo de atingir um total de 1 milhão de moradias contratadas. O objetivo do governo é alcançar 2 milhões de moradias até o final do mandato, em 2026. O ministro enfatizou que, até o momento, não há discussões sobre mudanças nessa meta.
Por que Não Aumentar o Teto dos Imóveis?
Uma questão levantada durante o evento foi a possibilidade de aumentar o valor máximo dos imóveis que podem ser enquadrados no MCMV. Atualmente, o teto é de R$ 350 mil, válido para todas as regiões do País, independentemente do tamanho das cidades. Jader Filho descartou essa possibilidade, argumentando que tal elevação poderia sobrecarregar o FGTS. “Se elevarmos o teto, vamos drenar mais recursos do FGTS”, explicou o ministro.
Discussões no Fórum Incorpora
As declarações de Jader Filho foram feitas durante o Fórum Incorpora, organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O evento, realizado em São Paulo, reuniu representantes de diversas empresas do setor imobiliário, promovendo debates sobre o futuro do mercado e as políticas públicas necessárias para impulsionar o segmento.
Principais Pontos Destacados pelo Ministro:
- Segurança de recursos para o Minha Casa Minha Vida provenientes do FGTS e OGU.
- Previsão de crescimento no número de unidades financiadas em 2024, com expectativa de atingir entre 600 mil a 650 mil moradias.
- Meta de contratar 2 milhões de moradias até o final do mandato, em 2026.
- Descarte da possibilidade de aumentar o teto de valor dos imóveis enquadrados no programa.
Com um discurso otimista, o ministro das Cidades reforçou a importância do Minha Casa Minha Vida para o desenvolvimento do país e o combate ao déficit habitacional. Assegurando que os recursos estarão disponíveis, Jader Filho deu um importante recado ao mercado imobiliário e aos milhões de brasileiros que buscam a realização do sonho da casa própria.