O Sol desempenha um papel crucial para a vida na Terra, e suas características físicas intrigam cientistas há séculos. A temperatura dele varia drasticamente de acordo com suas camadas.
No núcleo, onde ocorre a fusão nuclear, a temperatura atinge impressionantes 15,7 milhões de graus Celsius, sendo essa a fonte de calor e luz irradiada para o espaço. Já na superfície, chamada de fotosfera, a temperatura é consideravelmente menor, em torno de 5.500 °C. A zona convectiva, camada intermediária dele, chega a apresentar temperaturas de até 2 milhões de graus Celsius.
A temperatura elevada, principalmente nas camadas externas, como a coroa solar, que pode alcançar até 2 milhões de graus, também gera ventos solares que afetam o clima espacial. Esses fenômenos têm impactos diretos na Terra, principalmente em tecnologias como satélites e sistemas de comunicação.
A que distância é possível chegar do Sol?
A distância média entre a estrela e a Terra é de cerca de 150 milhões de quilômetros, conhecida como Unidade Astronômica (UA). Essa distância foi estabelecida como um padrão de medida dentro do Sistema Solar.
Para se ter uma ideia, a luz leva aproximadamente 8 minutos para chegar até nós. Recentemente, a sonda espacial Parker Solar Probe, da NASA, se aproximou a uma distância recorde de 7,26 milhões de quilômetros do Sol, enfrentando temperaturas extremas de até 1.400 °C.
Ainda mais próximo dele, em dezembro de 2024, a NASA planeja uma nova missão com a mesma sonda, que deverá alcançar incríveis 149 milhões de quilômetros de distância da estrela, o equivalente a apenas 4% da distância entre a Terra e a estrela.
A missão busca explorar as condições próximas à coroa solar, oferecendo informações inéditas sobre o comportamento da estrela e seus efeitos sobre o Sistema solar.
O Sol vai explodir?
Uma das grandes curiosidades sobre o futuro dele é seu destino final. Diferente de algumas estrelas, o Sol não irá explodir, mas passará por um processo de evolução e morte ao longo de bilhões de anos.
Atualmente, ele está em uma fase estável que dura há cerca de 4,5 bilhões de anos, e deverá permanecer assim por mais 6,5 bilhões de anos. No entanto, à medida que envelhece, ele se transformará em uma estrela gigante vermelha, expandindo suas camadas externas até alcançar a órbita de Marte.
Após essa fase, a estrela perderá suas camadas externas, formando uma nebulosa planetária. O que restar será uma estrela extremamente compacta chamada anã branca, com o tamanho da Terra, mas com uma massa semelhante à do astro. Esse será o estágio final da vida dele, que não terminará em uma explosão, mas sim em um processo gradual e violento de transformação.