A temperatura no fundo do oceano varia conforme a região. Nos trópicos, a superfície do mar pode atingir mais de 28°C, mas conforme se desce a profundidades de 2.000 metros, essa temperatura despenca para cerca de 2°C.
Em regiões temperadas, como aquelas localizadas nas latitudes intermediárias, a temperatura fica em torno de 15°C. Já nas regiões polares, a água próxima do fundo chega a quase 0°C.
Na Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do planeta, a temperatura varia de 1°C a 4°C, um ambiente extremamente frio.
Para sobreviver a essas condições, os animais das profundezas desenvolveram adaptações especiais, como substâncias anticongelantes em seus corpos, que lhes permitem viver em temperaturas congelantes.
Até que profundidade a luz chega no oceano?
A luz solar, essencial para a vida na superfície, tem seu alcance drasticamente reduzido à medida que se penetra no oceano. Em média, a luz atinge 100 metros de profundidade na chamada zona fótica, onde ainda é possível haver fotossíntese.
No entanto, em águas tropicais cristalinas, a luz pode chegar até 600 metros, enquanto em águas costeiras mais turvas, sua penetração é limitada a cerca de 40 metros.
Abaixo dessas profundidades, a escuridão começa a dominar. A água do mar absorve a luz de diferentes comprimentos de onda em taxas variadas, com a luz vermelha desaparecendo já nos primeiros 10 metros.
Assim, a maior parte do oceano é mergulhada em completa escuridão, especialmente nas regiões mais profundas, onde a luz solar simplesmente não consegue alcançar.
Por que conhecemos tão pouco sobre o fundo do mar?
Explorar o fundo do mar é uma das tarefas mais complexas para a ciência, devido a fatores como a imensa pressão das profundezas, a baixa temperatura e a ausência de luz. O relevo submarino é muito mais acidentado do que o terrestre, tornando a navegação e mapeamento difíceis.
Além disso, os recursos tecnológicos necessários para essa exploração são altamente avançados e caros, o que limita a pesquisa a alguns países como Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Inglaterra e China.
Com tantos obstáculos, apenas uma pequena fração do fundo do mar foi devidamente explorada. No entanto, as investigações continuam, trazendo à tona descobertas importantes sobre ecossistemas desconhecidos e fenômenos geológicos de grande impacto.